sábado, 2 de abril de 2011

que horas são ?

Já fazem duas semanas, ela passa por mim quase todos os dias, e eu fico tentando imaginar o que ela pensa, uma vez ela me olhou nos olhos e perguntou as horas , não consegui ver nada de bom, fico imaginando porque ela usa essa mascara, porque ela é tão discimulada, hoje ela passou por mim outra vez, sandalias de dedo, calça jeans desbotada, cabelo preso,por onde ela passa o cheiro do seu perfume fortemente adocicado fica no ar, insanamente ela acha que esse cheiro é relamente bom, ele me dá calafrios, vire-me e continuei andando, senti algo frio segurar meu anti-braço, e uma voz rouca perguntar: - VOCÊ PODE ME DIZER AS HORAS?  me virei, era ela,parecia está morta de tão gelada, olhei no relógio,gaguejei um pouco e disse, São 13:13, esse horario vai ficar guardado na minha mente 13:13 13:13 13:13 , acho que vou ter medo do número 13 agora, afinal existe sexta feira 13 e é o dia do terror,ainda sinto o gelado das suas mãos no meu anti-braço, ela me soltou, e disse :OBRIGADA MAIS UMA VEZ,não consegui dizer nada, olhei para frente e andei, cheguei no portão do prédio,pedi para o vizinho abrir o portão, a bolsa estava cheia e daria trabalho pra achar a chave ali,a entrada do predio pela primeira vez me pareceu ligeiramente macabra, o muro era cinza de cimento puxado alguém disse que aquilo era testura, tinha grades pretas com algumas lanças afiadas nas pontas, o portão  era alto, preto também , tem um caminho coberto por telhas logo na entrada que me levaram a uma porta de metal prateada com umas janelas de vidro fumê, entrei, subi a escada não muito iluminada por só ter janelas nas areas entre um apartamento e outro,sentei nos degraus, abri a bolsa, por incrivel que pareça não demorei para achar a chave, abri a porta marrom do meu apartamento, tirei os sapatos, coloquei onde de custume e andei pelo corredor, deixei a bolsa  em cima da mesinha da sala, fui ao banheiro tirei a roupa e me joguei em baixo daquela ducha que fumaçava de uam forma que parecia muito quente, numa tarde nas cidades da bahia isso é bem anormal, por um minuto pensei que poderia esquecer tudo aquilo, sai do banho, me enrrolei numa toalha macia que havia ganhado do natal da minha vó, por algum motivos os avós acham que isso é mesmo necessario, tinha na toalha meio rosada, bordado de uma cor que não sei o nome bem grande e de letras cursivas GABRIELA MORENA tinha meu nome em quase todas as toalhas que havia ganhado da minha vó nos ultimos anos, me enrrolei na toalha, segui pela sala até o meu quarto, vesti uma roupa qualquer, a primeira que achei no armario, coloquei umas musicas para tocar no computador, deitei na cama e fiquei a pensar, pensar, e milhões de ideias sobre o que poderiahaver de misterioso nisso tudo fluiam como água numa cachoeira de milhares de metros de altura, rapido como carros de F1, pensei que iria enlouquecer, resolvi esquecer, levantei, comi alguma coisa, precisava desabafar tudo que estava sentindo, resolvi contar, mas a quem, e porque eu precisaria de alguém pra me ajudar sobre os misterios de uma pessoa que eu nem conheço, não, eu não sei e definitivamente, acho impossivel descobrir.

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